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Brasília, DF, Brazil
Jornalista, assessor de comunicação com passagem pelo WWF-Brasil, Contag, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Embrapa.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Seu Dirceu pulou o Corguinho? Que vá nadar com o Gilmar...

Seu Dirceu! Ô Seu Dirceu!  O senhor pulou o corguinho!

 

Fez o jogo das oligarquias às quais diz combater.  Deu comida às feras que mantiveram este país à míngua durante anos!  “Excesso de informação” não existe, senão na cabeça dos oligarcas, dos ditadores, dos tiranos – sejam da imprensa ou não. 

 

E não pense que eles não existem mais.  Estão renascendo em gente como você, como o ministro Gilmar e sua cozinha.

 

Que delírio é esse?  Não gosto nem de pensar que foi a luta honesta e incansável do povo brasileiro que garantiu que vocês – projetinhos de ditadores – pudessem participar de uma democracia, que subsiste com todos os defeitos inerentes à humanidade.  E que, asseguro, Seu Dirceu, vai sobreviver a vocês.

 

Eu já havia desistido de votar no PT para a presidência, desde o anúncio de Dilma como candidata.  Sempre votei fechado, ali, de ponta a ponta.  Mas tudo tem limite.  Dilma e sua turminha sempre me pareceram meio dadas a uma tratorada e isto não me interessa como projeto de país.

 

Como jornalista, pior ainda.  Não aceito e não aceitarei esquecer tudo aquilo por que lutaram e morreram meus antecessores.  E não aceito, Seu Dirceu, que você sequer insinue que era isto que eles queriam.  

 

Não! Isto é o que quer gente como você, que anda espalhada por cada esquina escura da democracia e que não pertence a partidos, mas à escória que quer se apropriar de vidas e mentes.  

 

Sua galera não cabe no PT ou em qualquer partido que se proponha democrático. Pertence ao lado escuro que luta pelo poder.

 

Pois saia, seu Dirceu!  Vá para o partido do Serra e os outros partidecos que o cercam.  Ali, sim, é o berço onde se criam os bebês ditadores.  E pode levar Dona Dilma também!  Vocês todos vão se dar muito bem, tenho certeza.  

 

Mas irão se sentir muitíssimo abandonados, em uma democracia.  Falta de espaço, sabe como é...

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terça-feira, 7 de setembro de 2010

Florestas ardem em todo o país

Estiagem forte, altas temperaturas e especulação sobre a terra já provocaram mais de 49 mil focos de incêndio florestal em todo o país desde janeiro deste ano.  O número de queimadas deve superar o recorde de 2007, quando foram registrados 59.915 focos de incêndio no mesmo período.  Foto: Luis Fernandes.


Brasília, 02/09 – Neste exato momento, dia 2 de setembro de 2010 às 16h, 1.913 focos de incêndio florestal queimam pelo Brasil afora, de acordo com os dados coletados pelo Instituto de Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) desde a zero hora do dia 1º.

Desde janeiro até agora, o Inpe já registrou um total de 49.427 pontos de incêndio, número que supera o mesmo período do ano passado em 161% e pode bater o recorde dos últimos cinco anos, que é de 59.915 focos, no mesmo período, em 2007.

Condições severas de clima seco, com umidade relativa variando na casa dos 20% somadas às altas temperaturas, em especial na região central do Brasil, com uma média de 30 a 35ºC vêm favorecendo a ocorrência de incêndios acidentais e queimadas ilegais, principalmente nas regiões Centro-Oeste, Norte e Sudeste.

E o fogo, evidentemente, não se mantém longe das áreas protegidas.  Neste momento, estão ocorrendo 107 focos de incêndio em áreas protegidas, sejam unidades de conservação estaduais e federais ou terras indígenas, dentro das suas áreas ou em seu entorno – nas chamadas zonas de amortecimento.

Fator Código Florestal – Além dos fatores climáticos, a maior ocorrência de incêndios este ano pode estar ligada à dinâmica agrícola, segundo Alberto Setzer, coordenador de Monitoramento de Incêndios Florestais do Inpe. Isto, por sua vez, pode, na sua opinião, estar relacionado com as incertezas geradas pela reforma do Código Floretal Brasileiro, que tramita no Congresso.

“As queimadas que estamos detectando ainda não vão aparecer nas próximas taxas anuais de desmatamento, mas a degradação intensa facilita o desmatamento ilegal e, em breve, muitas destas áreas deixarão se ser floresta e se transformarão em outra coisa”, disse Setzer.  De fato, as queimadas são o primeiro e mais barato passo para a “limpeza” de áreas de floresta.

A secretária geral do WWF-Brazil, Denise Hamú, concorda com a possibilidade de que as queimadas ilegais estejam ocorrendo em função das discussões sobre o Código Florestal.

“O futuro incerto do Código Florestal pode perfeitamente ser a causa de alguns destes incêndios criminosos. A possibilidade de redução das áreas de proteção permanentes pode estar encorajando os fazendeiros a preparar novas áreas para a agropecuária, com um olho nas emendas que tramitam no Congresso”, disse Hamú.

Supõe-se que o Governo Federal também já desconfie disto, já que a ministra Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, ordenou uma auditoria rigorosa sobre as queimadas deste ano.  “A maioria destes incêndios são, de fato, causados pela pelas usuais práticas ilegais”, avaliou a ministra.

Mudanças Climáticas – Leis severas e políticas públicas fortes parecem ser as únicas medidas de adaptação possíveis diante das futuras mudanças climáticas, no que tange aos incêndios florestais.  Esta é a opinião de um dos mais respeitados pesquisadores do clima no Brasil, Antonio Marengo, do Centro de Ciências do Sistema Terrestre.

“Não podemos afirmar que o cenário diferente que assistimos agora seja causado por mudanças climáticas. Mas este é, sem dúvida, um retrato do que poderá ocorrer no futuro, quando secas mais prolongadas e severas e temperaturas mais altas serão mais frequentes, analisou Marengo.

Ele acredita que não há muito o que ser feito senão preparar autoridades, populações, hospitais e bombeiros para mais poluição, doenças pulmonares e desastres.

“Evidentemente, estas são medidas paliativas mas não há muito mais o que possa ser feito, já que o uso do fogo pela agricultura é cultural no Brasil”, disse, acrescentando que a esperança está na educação para as futuras gerações.

Publicado originalmente no site do WWF-Brasil.

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sábado, 4 de setembro de 2010

Eleições e ambiente: quem é que vai falar por nós?

É fundamental aumentar a pressão e representação ambientais no Congresso Nacional.  Ou quem vencer as eleições será senhor – ou senhora – de terras, florestas, mares. E da vida dos nossos netos...


Ganhe quem ganhar as eleições, o Brasil precisa melhorar sua representação ambiental no Congresso Nacional.  Se Dilma ganhar, é previsível que o meio ambiente fique ainda mais em segundo plano do que ficou no governo Lula. 

Não nos esqueçamos de que os maiores adversários de Marina Silva enquanto ministra não foram os insaciáveis e irascíveis ruralistas, mas a própria sanha desenvolvimentista a qualquer custo comandada pelo próprio governo com o dedo firme e implacável de Dilma Rousseff, então “mãe do PAC”.

Imaginemos, portanto, o delírio de Dilma frente ao governo.  Quem haverá de reduzir sua voracidade, que serve tão bem aos interesses dos ruralistas e das grandes empreiteiras, senão uma representação consciente, combativa e numerosa, bem numerosa, no Congresso?

Se o Serra ganhar...  Bem, se o fracote, ambicioso e ao mesmo tempo subserviente Serra – o errático – ganhar, será presa fácil de seu próprio vazio – de ideais, ideias e fiéis.  Ele, e somente ele, não percebeu sua solidão diante da patética novela do vice...

Não, não é necessário que sejam do Partido Verde.

É necessário que tenham consciência da finitude dos recursos naturais e de nossa dependência deles. É preciso que sejam responsáveis para com as gerações futuras.  É preciso que estejam a serviço da vida.

É fundamental que amem profundamente aos seus filhos, netos, sobrinhos. Aos filhos, netos e sobrinhos do vizinho a quem ele nem conhece. E aos filhos deles...

Chega de pensar que ambientalistas são aquelas pessoas que têm pena dos bichinhos, das florezinhas.  São também.  Mas acima de tudo, lutamos pela sobrevivência da nossa espécie.  Porque a natureza, senhoras e senhores, por mais combalida que saia desta batalha, viverá muito bem – obrigada! – sem o homo sapiens.

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